domingo, 4 de dezembro de 2016

Noivinhos Mangá - Feitos em Biscuit



Quando iniciei esse blog, meu maior objetivo era a divulgação dos meus trabalhos em biscuit. Essa massinha sempre me deu uma grande satisfação e realização. Transformar um pedaço de massa de cores diversas em personagens, bichinhos, frutas, bonequinhos sempre foi fascinante. Mas além do biscuit sempre tive diversos outros interesses voltados para arte. 

Esse ano não fiz muitas postagens no blog, não me esqueci dele, porém me dediquei muito aos estudos de muitas outras coisas que também me fascinam, na música e nas artes. Espero que no próximo ano eu consiga realizar mais postagens com tudo que tenho aprendido. Deixo hoje uma foto de um trabalho que realizei em 2016 para uma pessoa muito especial chamada Jéssica. Ela se casou esse ano, por isso a presenteie com os noivinhos para topo de bolo.   


Agradeço as visitas ao blog! Muito Obrigada!            Feliz Natal a todos!



Noivinhos no estilo  Mangá.


O que é mangá?

 
MANGÁ é uma dessas palavras de origem nipônica que cada vez mais está sendo utilizada no quotidiano tupiniquim, que nem “sushi”, “origami” e “sashimi”. Poucos, entretanto, sabem definir o que precisamente é o MANGÁ.
A palavra MANGÁ é o resultado da união dos ideogramas MAN (humor) e GÁ (grafismo), sendo sua tradução literal para o português “caricatura”, “desenho engraçado”.
A primeira pessoa a utilizar a palavra MANGÁ foi o artista Katsushita Hokusai, extremamente conhecido no Ocidente por suas gravuras “ukiyo-ê”. Entre 1814 e 1849, Hokusai produziu um conjunto de obras em 15 volumes retratando cenas do dia-a-dia que o rodeava, deformando o desenho das pessoas que retratava de forma a salientar seus traços marcantes. Estas caricaturas de época receberam o nome de HOKUSAI MANGÁ e representam os primeiros passos das charges e das histórias em quadrinhos no Japão.
Com o advento da Era Meiji na segunda metade do século XIX, o Japão saiu de um isolamento cultural de 200 anos e passou a ter maior contato com o Ocidente, procurando o mais rápido possível assimilar tecnologias, costumes e ideologias que vinham do estrangeiro. Nessa época destacou-se o trabalho do inglês radicado no Japão Charles Wirgman, que em 1862 criou a revista de humor “JAPAN PUNCH”, abrindo através das charges políticas um novo tipo de arte cômica aos japoneses e a obra de Rakuten Kitazawa (1876-1955), que criou os primeiros quadrinhos seriados com personagens regulares e batalhou pela adoção da palavra MANGÁ para designar histórias em quadrinhos no Japão.
Com a modernização do país e com o desenvolvimento de uma linguagem de quadrinhos própria aos costumes e à realidade japonesa, MANGÁ se tornou sinônimo de caricaturas e HQs. A idéia de MANGÁ como um estilo de desenhos e narrativa só surgiu no pós-guerra, com o trabalho de Osamu Tezuka (1926-1989), também conhecido como “Deus do MANGÁ”.
Osamu Tezuka é o criador do estilo de desenho que retrata as pessoas com olhos grandes e brilhantes e influenciado pela obra de Walt Disney e pelo cinema europeu, já na década de 40 ele adaptava para a linguagem dos quadrinhos técnicas de cinema como “close-ups”, “long-shots” e “slow-motion”, revolucionando a narrativa quadrinhística e fazendo com que os leitores se envolvessem mais com as histórias que criava. As dificuldades da guerra e as duras condições de vida da fase de reconstrução deram a Tezuka uma visão humanista e universalista, visão esta que influenciou constantemente suas criações como “Phoenix”, “Buddha” e “Jumping”. Adaptando seu estilo dos quadrinhos para o desenho animado, Tezuka também foi o pioneiro da animação japonesa, sendo conhecido no exterior (inclusive no Brasil) por produções como “Kimba, o Leão Branco”, “A Princesa e o Cavaleiro” e “Astroboy”.
O estilo cativante, ágil e envolvente de Osamu Tezuka influenciou várias gerações de desenhistas japoneses e fez com que a expressão MANGÁ se tornasse sinônimo desse estilo. Também devido ao trabalho de Tezuka na animação, a expressão MANGÁ virou sinônimo de desenhos animados no Japão nos anos 60 e 70. Posteriormente, o alto grau de especialização da área de animação fez com que se adaptasse a expressão ANIMÊ (do inglês “animation”) para designar desenhos animados japoneses.
Assim, entende-se hoje por MANGÁ histórias em quadrinhos e desenhos animados feitos no estilo e na linguagem desenvolvida pelos japoneses, resultado de um processo histórico e cultural iniciado há quase dois séculos. Atualmente o Japão é o maior produtor e consumidor de quadrinhos e desenhos animados no mundo, gerando uma atividade multibilionária na área de comunicações além de lucros decorrentes de licenciamento de uma infinidade de produtos como brinquedos e videogames e influenciando autores em vários países.


Fonte de pesquisa: www.culturajaponesa.com.br – autora: Cristiane A. Sato, formada em direito pela Universidade de São Paulo, pesquisadora de mangá e animê, presidente da ABRADEMI – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, colaboradora de publicações sobre cultura popular japonesa, mangá e animê desde 1996. Palestrante convidada em eventos diversos no Centro Cultural Itaú, Sesi, Sesc, FAU-USP, Fundação Japão, Embaixada, Consulado Geral do Japão, etc.






quinta-feira, 24 de março de 2016

Leitura e Releitura - Série Banhistas - Gustavo Rosa.

LEITURA

Fonte: http://www.gustavorosa.com.br/media/k2/items/src/a07bb170c4a36161aa1f8f4859c19794.jpg

A obra escolhida para releitura pertence à Série Banhistas do artista Gustavo Rosa. 
Análise objetiva: Uma mulher correndo na praia, segurando um osso com um cachorro atrás.
Análise subjetiva: É uma cena alegre, em que a mulher brinca com seu cachorrinho na praia.

As características marcantes são a presença da linha do horizonte e da linha terra, usados na divisão dos planos na pintura. A intensidade das cores presentes na obra, influenciados pela presença da luz solar que é mais constante e forte, resultam em tons mais intensos na pintura. A tela foi pintada com tinta á óleo.
A obra não pertence a nenhum movimento artístico, pois o artista pinta com um estilo todo pessoal, não seguindo modismos.
Ele consegue um efeito de profundidade através da sobreposição de elementos, e do claro e escuro.
No céu a cor azul é chapada, porém em outras partes da tela ele trabalha as cores gradativamente. No mar através de pinceladas para todos os lados ele consegue transmitir uma movimentação da água. O quadro é alegre e brinca com a questão dos estereótipos de beleza na praia. 




RELEITURA


Fonte: Autoria própria

O Material utilizado  nessa releitura foi lápis de cor, canetinha, fotografia e papel sulfite.
A mulher foi desenhada numa folha de sulfite, e depois recortada e aplicada juntamente com balões no estilo de histórias em quadrinhos em uma fotografia de minha autoria de uma praça na cidade de Maringá, onde se pode ver ao fundo a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
Na obra de Gustavo Rosa a mulher estava numa praia, nessa releitura, a figura principal é colocada em outro contexto, o da cidade. E ela corre, como se estivesse sem tempo, e no mesmo momento sua mente pensa em tantas coisas que precisa realizar, e se preocupar.  Esse é o seu dia a dia. Para se manterem atualizadas, e realizarem suas atividades, as pessoas precisam estar permanentemente na correria. Senão, elas não dão conta do recado. As tecnologias avançaram, e modificaram comportamentos e pensamentos. O celular, o facebook, entre outras coisas, trouxeram mudanças nos comportamentos e relacionamentos, que aproximam as pessoas mais distantes geograficamente, e ao mesmo tempo afastam as pessoas mais próximas, pois você deixa de encontrar alguém pessoalmente, pra ficar conversando via facebook.

O mundo mudou, e é preciso aprender a conviver com todas essas mudanças. Cada um precisa encontrar a sua forma de crescer, se relacionar e poder contribuir nessa sociedade atual.

Fonte: Parte do trabalho realizado para cumprir disciplina da Especialização em Arte na Contemporaneidade (autoria própria).


O QUE É RELEITURA?

Releitura é utilizar uma referência artística e por meio dela, apropriar-se em uma nova produção, reinterpretando-a.


A palavra releitura vêm daquilo que se refere a "reler", ler novamente, é necessário interpretar a obra, em sua visão particular. Tendo uma nova visão a respeito da obra original, neste tipo de produção, pode-se criar em novas técnicas e novos olhares a respeito da obra.

O mais importante é criar algo novo que mantem um elo com a fonte que serviu de inspiração.


Fonte: http://aslinguagensdaarte.blogspot.com.br/2011/06/o-que-e-releitura.html




sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

2016 chegou!

Nossa, fiquei muito tempo pensando em que foto publicaria para iniciar este ano de 2016. Então encontrei essas fotos de um trabalho em argila, que eu fiz já faz alguns anos. Na época eu não buscava realismo, mas sim algo expressivo. Enfim, estava experimentando...